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O que não te contam sobre a aceitação no autismo.

Quando recebemos o diagnóstico de autismo do nosso filho, o chão parece desaparecer. É como se o futuro que imaginávamos desmoronasse diante dos nossos olhos, e é aí que começa algo que poucas pessoas têm coragem de falar: o luto materno.


Sim, existe um luto, e ele é real.


Mas não é o luto por um filho “que morreu” é o luto por aquele filho idealizado, pelo sonho de uma maternidade que não aconteceu como esperávamos. É o luto pelas expectativas, pelos planos, pelas comparações inevitáveis. E, junto com ele, vem a culpa. Culpa por sentir dor, por achar que não está sendo forte o suficiente, por pensar que “não deveria se sentir assim”.


O que não te contam é que esse luto precisa ser vivido e não negado.


Porque só quando aceitamos o luto é que abrimos espaço para a aceitação verdadeira. E aceitar não é desistir, não é se conformar, nem “baixar a guarda”. Aceitar é reaprender a amar a vida com o que ela é, não com o que imaginamos que deveria ser.


Com o tempo, essa aceitação transforma tudo. Ela traz mais qualidade de vida não apenas para a criança, mas para toda a família.

💙 Para a mãe, vem a leveza de não viver em constante cobrança, de parar de se comparar e de entender que está fazendo o melhor que pode. Ela redescobre o autocuidado, volta a respirar, volta a se olhar com carinho.

💙 Para o pai, vem o entendimento do papel dele dentro da rotina e da importância de estar presente, não apenas financeiramente, mas emocionalmente. Ele se aproxima, se envolve, aprende a acolher também.

💙 Para o casal, a aceitação traz reconexão. Quando o foco deixa de ser o “problema” e passa a ser o “processo”, há mais união e menos cobrança. O amor volta a ser parceria.

💙 Para a criança, a diferença é visível. Quando os pais aceitam, o ambiente muda. A casa se torna um espaço mais seguro, mais leve, com menos frustração e mais estímulo. A criança sente, responde e floresce.

💙 Para a família como um todo, a aceitação é o ponto de virada. Ela transforma caos em rotina, culpa em aprendizado e medo em propósito.


Por isso, é importante entender: a aceitação não acontece de um dia para o outro. Ela é um caminho e cada mãe percorre o seu no próprio tempo.

Mas quando chega, tudo muda, o amor fica mais calmo, a rotina mais leve e a vida mais bonita, porque a gente aprende que o autismo não é o fim de um sonho, é o começo de uma nova forma de amar, viver e enxergar o mundo. 🌷

Escrito por MARCELLE VELTEN
Escrito por MARCELLE VELTEN


 
 
 

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